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Mostrando postagens de julho, 2018

Você e a segunda-feira

A saudade entrou pelas brechas, mas dessa vez de forma leve, apaziguando as lembranças conturbadas. Resgatando da memoria como era possível decifrar através dos seus olhos castanhos e pequenos o oceano de sentimentos contidos em sigilo. O que você faz quando o som desliga, seus amigos partem pra casa, o dia amanhece e o efeito do álcool passa ? O vazio permanece e os pensamentos te atordoam. A cama continua vazia e os dias frios.  Você continua vagando pelas noites em busca de algo que não sabe sustentar. Os corpos te atraem e te chamam. Alguns seletos até despertam uma fagulha de esperança; é ela. Você os devora como água em terra seca, mas nada é suficiente, nada é parecido com o que você costumava a ter. Me pego imaginando como você era antes de se deteriorar. Talvez eu esteja romantizado sua falta de empenho em mudar, mas ainda tenho a necessidade de acreditar que pessoas não são tão previsíveis como costumam se mostrar. Autora: Mikaelly Capella

Depois dele

Eu sempre questionei as pessoas que se fechavam para novas possibilidades depois de uma decepção mas depois dele eu também me fechei Tenho medo que todos sejam igual a ele  e que vejam meu corpo apenas como um depósito de desejos Tenho medo que a próxima pessoa também não saiba ler minhas entrelinhas e me faça sentir complicada demais para alguém Ele disse que não ia me usar quando já estava me usando disse que a questão não era só o sexo quando todos os nossos encontros terminavam na cama Já eu, disse que não criaria expectativas quando olhava para o calendário traçando nossas noites disse que não ia me entregar quando romantizava até as suas atitudes egoístas Nada do que eu fizesse seria o suficiente para fazê-lo ficar por perto e como previsto ele foi procurar em outros corpos um lugar momentâneo para registrar sua bagunça Não quero me privar de viver outras histórias e tão pouco limitar os meus sentidos de marcar novos toques e ritmos

Clichê

Pode parecer clichê, mas meu crime é amar demais Ser intensa em todos os momentos Não importa a circunstância ou tempo Eu sempre fico a puxar o lado do sentimento que mais dói Criar pensamentos bobos Decorar cheiros, feições e toques Pode parecer um pouco tolo Mas isso é o que me move Muitas vezes a insônia bate-me a porta Na calada da madrugada gelada e maravilhosa E fico à mercê de lembranças antigas e novas Que constrangem, entristecem e apavoram E enquanto a noite finda, torturo-me nessas memórias Coisas que vem e vão a qualquer hora Afinal fizeram, por um momento, parte da minha história Samantha C.S. Costa

Epifania Solitária

Eu tenho a sensação de que tudo é passageiro Os momentos parecem sempre se esvair E eu me sinto apegada a cada segundo daquela memória É como tentar segurar água num balde Porém com uma peneira Eu tenho a sensação que as pessoas irão partir Não importa o esforço ou o quanto eu faça Não importa se me empenho a conquistar o interesse No final, eu sempre serei uma cova rasa Vejo tudo como os dois lados da moeda Pode até ser que esse estilo de vida seja vazia Mas me apego a detalhes em sua maestria Entretanto sempre ficará a amarga lembrança De algo doce, mas agora a longa distância. Samantha C.S. Costa

Vai passar

Vai passar mas antes vai doer o coração vai apertar os sentimentos brincarão com suas memórias os dias vão ser longos e cinza nada que digam vai aliviar o fardo das suas costas o futuro que antes tinha um roteiro a ser seguido será preenchido pelo vazio o incerto a tristeza do que tinha tudo para dar certo, mas deu errado Mas calma, vai passar um dia você vai ter a força de 300 homens em outros você vai se sentir tão vulnerável quanto uma criança de colo A restruturação é um processo orgânico diário aos poucos você vai se encontrar na bagunça vai redecorar as paredes do seu quarto vai olhar para as feridas e encontrar apenas cicatrizes marcas que vai te fazer lembrar da sua força e de que tudo, por mais doloroso que seja, passa É o processo natural da vida toda ferida cicatriza Autora: Mikaelly Capella