São duas horas da manhã. Eu estou deitada no seu peito, enquanto sinto e ouço sua respiração leve e ofegante me levantar sutilmente. Minha mão carinhosamente desliza sobre o seu peito, para cima e para baixo retribuindo o cafuné que você está me fazendo. Parece aquelas cenas de filme, onde somos um casal feliz. Mexo minha cabeça e olho para o seu rosto...e através da sua barba pouco espessa eu consigo ver que você estava olhando pra mim. A fagulha que atravessa a minha alma por conta desse momento é rápida, cruel e mansa. Então, sorrio com o olhar e você retribui aninhando-se no meu cabelo. Eu volto o olhar para o seu peito, onde fecho os olhos e...Acordo. Ao meu lado apenas o meu travesseiro velho e azulado me faz companhia. Samantha C.S. Costa