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Mostrando postagens de abril, 2018

Eu tenho um amor que não mereço

É estranho ter alguém que me ama e me completa em todos os sentidos. Ter alguém que caminha ao meu lado em todos os momentos, que compartilha dos melhores e me ajuda nos piores.  Aquele cara que eu olho com uma puta admiração e falo “Que homão da porra”, que consegue ser diferente de todos os outros que passaram em minha vida. Chega até ser duvidoso a permanência dele ao meu lado. O que ele viu em mim? Não sou aquela mulher que todos admiram; não sou a mais linda, a mais atraente, nem a mais inteligente. Não tenho a junção da mulher perfeita. Se bem que, nem sei o que é uma mulher perfeita aos olhos dele, mas creio que não seja eu. Ele merece uma mulher empoderada, linda e inteligente. Todos atributos que eu não tenho. Será que é só falta de auto confiança minha ou é verdade mesmo? Será que um dia ele vai cair na real como eu, e vai perceber que tem mulheres melhores no mundo? Bom, essas questões que rodeiam minha cabeça eu não vou conseguir responder, talvez só vivendo que as

Maria e o Sorriso Radiante

Quinta-Feira . Maria levantou empolgada. Tinha combinado com as amigas que na sexta após o serviço ia rolar aquele Happy Hour que elas tanto almejavam. Era sete da matina e Maria se arrumava para ir ao serviço ouvindo aquela playlist para dar aquele gás preparando-se para sair. No serviço ela conversou com as amigas, fizeram planos sobre o ponto de encontro, roupas e maquiagens, além de outros assuntos corriqueiros do dia a dia. Fim de expediente. Maria volta para casa, enfrenta as piores situações relacionadas a conforto nos meios de transporte. Afinal, não nasceu rica. Mas mesmo assim, vê a felicidade em coisas e companhias que possuam simplicidade. Foi na perfumaria. Maria não ganhava muito, mas gastou cerca de cinquenta reais. Iria fazer falta para algo lá na frente? Talvez sim, talvez não...mas Maria queria arrasar no rolê. Chegando em casa, foi direto para o banheiro, tomar aquele banho. Se sentir renovada. Entre hidratações e depilações, Maria focava em como seria incrí

Eu amava quem você costumava ser

Eu me considerava uma pessoa de sorte por encontrar o amor tão jovem, assim como meus avós e pais. Todos meus planos incluíam você. Mesmo depois de anos juntos eu sentia um frio na barriga e um sorriso bobo quando te via, como aquelas paixões de adolescentes. Um misto de sentimentos; a felicidade por ser desejado e o alívio de encontrar alguém que faria do meu abraço, lar. Não sei em que momento eu perdi a pessoa pela qual eu era apaixonado por cada detalhe. Tínhamos tudo pra dar certo. Volta e meia me pergunto se a culpa é minha, mas esse é um fardo que não vou mais carregar, não sozinho. Você mudou tão de repente, como se tivesse acordado algo que estava adormecido. O seu corpo e cabelos eram os mesmos, mas seu olhar não. Eles agora carregavam uma dor que, nós dois, não soubemos lidar. Eu te dei meu mundo, mas isso não era mais suficiente. Você jogou comigo, tocou em cada ferida e depois foi embora. Sou péssimo pra lidar com mudanças. Como modo de proteção me fechei, mas l

As cores dos seus olhos

Uma, duas, três, Incontáveis são elas; Calmaria e tempestade, Paz, guerra, Gelo, fogo; Tudo e nada é o que vejo, Em apenas um segundo; Mas deles nada sobra, Quando tudo se torna memória, E leva tudo embora; Sobra o vazio... E as definições As quais melhor procuro, Ao descrever... As cores dos seus olhos. Pra refletir... Autora: Thais Cristina

Quem é que tem coragem pra falar de amor?

Não se ama mais. Essa é uma afirmação muito forte e talvez radical, porém verdadeira atualmente. As pessoas estão muito ligadas em insistir em status e prazer individual. Raramente se encontra pessoas que vivem ligadas por alma, corpo e espírito. Os relacionamentos encontram-se objetificados, e tudo não passa de um tempo onde uma das partes nunca está se doando o suficiente para deixar a base e desenvolvimentos fortes o sufuciente para superar qualquer obstáculo. Caminhando pelas ruas ou transportes públicos de vez em quando encontramos algumas pérolas de pessoas que levaram a construção do relacionamento a sério e hoje estão juntos a mais de trinta ou quarenta anos. É uma questão de conhecer um ao outro, partes ruins ou boas e ir se adaptando. O ser humano pode até querer estar só, mas acredite...dentro de todos nós sempre vai existir a necessidade de ter alguém com quem compartilhar momentos felizes ou não, vitórias e derrotas, etc. E quando isso não ocorre, sentimos um vazio enor

Vamos nos conhecer, de novo

Andam reprovando até a tristeza que sinto com a sua ausência. Já ouvi de todos que a culpa é toda minha por insistir em algo que não existia. Te defendem, dizendo que desde o começo você deixou claro que não queria nada. Não discordo. Se você tivesse ficado, mesmo sem intenção de criar raiz, eu teria insistido. Pois quando gosto não poupo esforços. Mas talvez eu tenha aprendido a lição; o amor não é uma prova de resistência e força. Ele é sutil e cria laços no silencio. Tenho uma forte necessidade de saber que ofereci o melhor de mim. Então volta aqui. Vem de madrugada. Vamos no embriagar debaixo das luzes de São Paulo, vou mostrar que a cidade não é ao todo cinza. Permita me apresentar de novo. Esqueça do mundo lá fora, eles não foram gentis com você. Tranque a porta. Percorra meu corpo como se não conhecesse o caminho. Entre, corra e aperte, até que o seu suor se misture com o meu. Deixa eu ser chuva sobre seu toque. E amanhã a gente se conhece de novo. Autora: Mikaelly Cap

Mais uma entre outros trilhões

Tenho aqui dentro...algo. Me deprime, entristece. Colocar pra fora é o mais tristonho; Um fracasso. Não sei por que, nem como. Apenas sinto; Apenas existo; Apenas sobrevivo. Então tudo seria mais fácil, Se de de alguma forma, Desconhecida até então, Quebrasse as paredes tortas, De um coração retalhado. Mas tudo isso tem um culpado. Não sou eu nem você. É a droga, A droga da esperança, Que ainda persiste, Mesmo que frágil. E com a esperança, Queira eu morrer com ela, E deixar livre, E em paz ao indivíduo, Aquele que sofre por ser iludido, Que sofre pela dor A qual identifico, Por ser a vida. A vida de mais uma Entre outros trilhões. Autora: Thais C. Lagroteria

Transição e Liberdade

Atualmente, graças aos movimentos ativistas da luta contra padrões sociais, podemos observar que várias mulheres estão se aceitando e se amando do jeito que são. Porém, um dos movimentos que está em alta é o da liberdade voltada para o seu cabelo. Lisos, Cacheados ou Crespos. Estamos nos libertando do padrão de que só os tipo 1A – 2B são os “cabelos bonitos”. A transição capilar é um dos períodos mais difíceis para as pessoas que querem deixar de utilizar químicas no cabelo para se sentirem bem. Técnicas de texturização para os cachos voltarem, paciência, choro...e muita paciência. Por consequência, percebe-se que nem todas as pessoas entenderam a causa. Eventualmente há diálogos como do tipo: “Ela está deixando enrolar porque está na moda”. É extremamente importante observar como tudo pode se tornar um padrão sem que as pessoas percebam.  Devemos perceber os sinais. Se por acaso você não se sente mais à vontade do jeito que você se sente confortável, e se sente obrigado a seguir

Lamento Servil

O que se fala é que o Brasil É Terra boa e de gratidão Mas pouco se fala do irmão Que ainda vive na Servidão Diz que a escravidão passou a tempos atrás Que não existe mais chicote, tronco ou capataz Que agora a liberdade vem a frente, faça o que quer Mas não se reconhece a dor do trabalhador Na sua caminhada de fé Mascarados atrás de um crachá A coleira que usa para seu pão de cada dia ganhar O sofrimento, lágrimas e dor Do seu tempo que se vai sem voltar E a vida que passa sem frutos deixar Com o grito abafado no peito O homem chora silenciosamente por seus direitos Na esperança de que um dia “eles” irão Ouvir o seu murmúrio em questão Samantha C.S. Costa

(+18) Você vai vir hoje ?

Era por volta das cinco da tarde. O sol já estava se pondo no horizonte, mas mesmo assim alguns raios entravam pela janela do meu apê onde cortavam a penumbra e deixava tudo com um tom rosado. Foi um sábado preguiçoso e quente. Eu estava deitada na minha cama olhando para o teto e divagando em pensamentos distantes. Foi quando de repente meu celular vibrou. Era ele. No mesmo instante eu despertei da minha divagação de pensamentos e dirigi minha mão ao pequeno criado mudo, onde se encontrava meu celular, um abajur e um pequeno quadro com uma foto de um dos churrascos com a minha família. “Olá querida” - Era incrível como apenas algumas palavras dele provocavam coisas em meu corpo que eu não sabia distinguir. Ao mesmo tempo eu achava toda essa maré de sentimentos uma coisa nova e estranha... Porra, era apenas uma mensagem no celular . “Oi, você vai vir hoje?” – Digitava enquanto me ajeitava para sentar na cama. Definitivamente eu não queria parecer fácil. Mas estava entediada e e